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ARGENTINA FRIZATA CONQUISTA O BRASIL

A foodtech argentina Frizata desembarcou no Brasil no início de julho e anunciou a captação de R$ 25 milhões em investimentos, após uma rodada liderada pela SP Ventures, fundo brasileiro de venture capital e líder em Agrifoodtech. Os fundadores da marca, os amigos José Robledo, 50 anos, e Adolfo Rouillon, 49 anos, criaram a startup em 2018, no modelo DNVB (Digital Native Vertical Brands ou marcas verticais nativas digitais) que, trocando em miúdos, significa uma verticalização total que vai da industrialização do alimento à sua entrega na casa do consumidor. Pedidos feitos em Buenos Aires, Córdoba e Rosário, de pizzas, empanadas, recheados, produtos à base de batatas, vegetais, frutas, processados com carne bovina, suína, aves, veganos e plant-based chegam à casa do consumidor em 48 horas; ou podem ser retirados em pontos de venda do varejo. O menu atrai 50 mil consumidores, quase todos usuários do e-commerce e, no ano passado, faturaram US$ 10 milhões.

Agora, a Frizata traz para o Brasil o delivery de produtos embalados e congelados, sem intermediário entre a indústria e o consumidor.

Em 2007, os dois sócios criaram a CDS (Congelados del Sur), no que seria um embrião para a criação da Frizata. A marca, um canal tradicional de distribuição, durou quatro anos. Mas, ligados em tecnologias e transformação digital, criaram a “Food Design Manufacturing”, um modelo B2B em que forneciam alimentos congelados para grandes companhias alimentícias e cadeias de supermercados da América Latina. Nessa jornada foram mais oito anos.

Finalmente, a Frizata nasceu em Rosário, terra dos dois sócios, incluindo a agroindústria com capacidade para processar 6.000 toneladas de alimentos. A atual produção é de 4.000 toneladas, mas com algumas adaptações nas atuais instalações seria possível ainda dobrar o volume. Com um parque dessa dimensão, era preciso acelerar e os sócios receberam uma ajuda do destino: a pandemia! A marca, que começou a ganhar musculatura em 2019, não demorou muito para ver seus potenciais clientes em casa, por conta da pandemia da Covid-19. “As gôndolas foram para o virtual: o argentino descobriu uma categoria e entendeu que pode encontrar variedade, produtos saudáveis e bons preços”, afirma Robledo. “Com o potencial do modelo de negócios da Frizata, e durante os primeiros setes meses de restrições, multiplicamos as vendas por 15. Em maio de 2020, em plena pandemia, superamos os 800 pedidos por dia. Hoje, chegamos a mais de 200 mil pedidos de compras por ano”. A operação, que começou com 25 produtos no cardápio, avançou para 45, em 2020, e mais de 70 atualmente.

Do total de produtos industrializados, os sócios apostam no crescimento das linhas plant-based e vegetariana, sem radicalismo. Não por acaso, o caminho para eles é o flexitarianismo, ou seja, um vegetariano flexível que coloca no prato, vez ou outra, um produto cárneo. Do total de produtos no cardápio, 40 não contêm proteína animal na receita. Os sócios estão de olho em um mercado global estimado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) da ordem de US$ 23 bilhões em 2023, para produtos substitutos da carne, um mercado que no Brasil movimentou R$ 418,7 milhões no ano passado e que para 2025 está projetado em R$ 666,5 milhões.

Além da Argentina, a Frizata já está no Chile. A chegada ao Brasil faz parte da expansão global da foodtech. Em setembro, os sócios abriram operações nos Estados Unidos, com uma subsidiária em San Francisco. Para sustentar o crescimento, está nos planos a construção de uma segunda agroindústria. Falta escolher o local, que pode ser Brasil ou EUA. Na captura de novos consumidores, o foco da dupla são cidades que tenham acima de um milhão de habitantes. “Nossa visão é levar a marca a mais de 200 metrópoles do mundo”, afirma Rouillon. “Nos próximos cinco anos, vamos estar em 60 dessas 200 cidades, incluindo algumas como Singapura - a plataforma de ingresso ao Sudeste da Ásia -, Londres, México e Madrid”, diz Robledo. Para os próximos dois anos, 10 metrópoles já estão no radar.








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