Uma empresa será especializada na criação de ingredientes e a outra em extrusão de proteínas
A R&S Blumos, empresa com sede em Cotia (SP) que fornece ingredientes sustentáveis e tecnologias para a indústria, vai virar duas: Avante Food System, especializada na criação de ingredientes e extrusão de proteínas, e Blumos Distribuição, que fará vendas clássicas ao food service.
Com a cisão, o faturamento anual de R$ 40 milhões deverá ficar divido em R$ 30 milhões com a Blumos e R$ 10 milhões com os demais negócios, que tem maior potencial de crescimento. “Criamos uma joalheira de ingredientes. Não fornecemos apenas o que existe no mercado de plant-based ou sustentável, criamos ingredientes novos, limpos e que podem ajudar os clientes em um mundo mais sustentável”, conta Fernando Santana, um dos fundadores da empresa junto com Eduardo Perego. Ambos continuam sócios das duas companhias, com 25% cada de participação, e o restante é da família chilena Blum.
“O Brasil é maior fornecedor de proteína animal do planeta e vamos ser de proteína vegetal também. Ricardo Santin [presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA ] diz que porco e frango são soja com patas e asas. Vamos tirar as patas e as asas e teremos preponderância nesse mercado”, afirma Santana.
A R&S Blumos foi criada há 14 anos como fornecedora de ingredientes considerados limpos à indústria e há três anos tornou-se um hub de projetos em Cotia. Entre seus clientes mais conhecidos, a BRF configurou como compradora exclusiva de proteínas de ervilha e feijão da marca Veg&Tal.
Também foi pioneira no método de extrusão úmida, que consiste na adição de calor e pressão sobre as proteínas vegetais e que produz fibras longas, o que adiciona sabor aos ingredientes. Com a marca Carnevale, incluiu o feijão carioca nos produtos vegetais ao foodservice.
A Avante agora terá três fábricas em Cotia. A primeira é de moagem e classificação de ingredientes, com capacidade de 300 toneladas de combinação de pós e gorduras por mês. A segunda é dedicada ao desenvolvimento de ingredientes, com capacidade de 50 toneladas mensais, e a terceira, voltada a extrusão pode produzir entre 300 e 600 toneladas ao mês a depender se o processo é seco ou úmido.
Fonte: Globo Rural