Alimentos à base de plantas são em grande parte construídos sobre uma base de soja, grãos, ervilhas e lentilhas e, muitas vezes, cientistas e médicos - para não mencionar os entusiastas de alimentos à base de plantas - afirmam, ou pelo menos deixam subentendido, que a proteína de fonte vegetal é tão boa quanto a proteína de origem animal.
Mas vários estudos têm mostrado que não é o caso. Uma recente pesquisa feita por cientistas da Ohio State University e publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry, relata que as proteínas em um substituto plant-based não são tão acessíveis às células humanas quanto as da carne.
Os pesquisadores criaram uma alternativa de carne a partir de soja e glúten de trigo. Pedaços cozidos desse substituto e de uma carne de frango tradicional foram, então, moídos e "digeridos" com uma enzima que imita a enzima que o corpo humano usa para digerir os alimentos. Os testes mostraram que os peptídeos substitutos da carne eram menos solúveis em água do que os do frango e não eram absorvidos pelas células humanas.
Os pesquisadores relatam que seu próximo passo é identificar ingredientes adicionais que possam ajudar a aumentar a absorção de peptídeos de substitutos de carne à base de plantas.
Para entender melhor as diferenças entre proteínas vegetais e derivadas de animais, e seus efeitos no metabolismo humano, recomenda-se a leitura do artigo "All proteins are not equal", na edição de agosto 2021, da revista Alt-Meat.