Pesquisa mostra que preocupação com bem-estar animal e com a saúde humana serão pilares do avanço
O mercado global de proteínas à base de plantas atingirá um valor de US$ 20,8 bilhões em 2030. A projeção é da Verified Market Research e considera um crescimento anual de 10,7%, levando em consideração um mercado de US$ 9,1 bilhões em 2022.
Segundo uma pesquisa feita pelo instituto, o aumento da frequência de doenças crônicas e a sensibilidade à proteína animal são as principais razões que impulsionam a expansão do mercado. Além disso, a aceitação global dos hábitos alimentares veganos vem crescendo.
“Com o aumento do conhecimento do consumidor sobre a saúde animal e a crueldade animal no setor de alimentos, há uma tendência global para itens de alimentos à base de plantas”, diz o instituto, em nota.
No que diz respeito à saúde humana, a pesquisa afirma que os governos de vários países estão preocupados com o colesterol alto, açúcar no sangue, obesidade e pressão alta devido ao consumo excessivo de carne.
De acordo com a Sudden Cardiac Arrest Foundation, haverá mais de 356 mil paradas cardíacas fora do hospital (OHCA) nos EUA em 2020, sendo aproximadamente 90% delas fatais.
“Os consumidores estão cada vez mais se voltando para produtos veganos, que são mais saudáveis e nutritivos. As dietas vegetarianas fornecem vários benefícios à saúde, incluindo um menor risco de obesidade, menor risco de doença cardíaca, pressão arterial mais baixa e menor risco de diabetes tipo 2. Como resultado, o mercado alimentos à base de plantas se expandirá durante o período de previsão.”
Sobre a crueldade animal, a pesquisa detecta que os consumidores estão preocupados com informações como a retirada dos bezerros recém-nascidos de suas mães e também da produtividade das galinhas confinadas que colocam “30 vezes mais ovos que em uma criação convencional”.
A alimentação à base de plantas é predominantemente compsota por cereais, raízes, tubérculos, frutas, verduras, legumes, leguminosas, oleaginosas e sementes. Ela sempre foi praticada por veganos.
A principal diferença dos produtos atuais está no processamento dos alimentos. Muitos dos novos produtos utilizam alta tecnologia e processamento industrial para aproximar os vegetais do sabor e da textura do alimento à base animal.
Ainda não há uma regulamentação oficial, estabelecendo modos de produção e uma nomenclatura de consenso. “Carne vegetal” e “carne feita de plantas” são alguns dos termos utilizados para nomear esses alimentos.
Fonte: Globo Rural