Ao longo dos milênios, os fungos foram consumidos na forma de cogumelos. No entanto, a pesquisa e desenvolvimento recentes revelaram a versatilidade dos fungos em várias aplicações. Além de serem fontes de ingredientes ativos para medicamentos farmacêuticos, especialmente o micélio, mostraram-se valiosos na criação de alternativas à carne.
A fermentação de precisão utilizando cepas de fungos tem se destacado, produzindo ingredientes de alto valor, como glicosídeos de esteviol, proteínas lácteas e ácidos graxos ômega 3, de forma eficiente e com menor impacto ambiental. Esse processo, em comparação com métodos tradicionais, oferece produtos minimamente processados.
A aplicação do micélio na produção de alternativas à carne tem ganhado destaque, devido ao processo suave de fermentação, em contraste com técnicas mais intensivas, permitindo ajustes na textura, sabor e valor nutricional da biomassa, o que resulta em produtos finais mais próximos da natureza, com rótulos limpos e processamento reduzido.
A utilização de fungos na fermentação de precisão se destaca como um método eficaz para criar uma variedade de ingredientes alimentícios, como proteínas, lipídios vegetais, sabores, cores e moléculas bioativas. Essa abordagem oferece vantagens sobre outros organismos, como leveduras e bactérias, proporcionando processos mais eficientes e menos necessidade de processamento adicional.
Embora as proteínas fúngicas, incluindo o micélio, possuam uma rápida expansão e vias de comercialização, alguns especialistas preveem um futuro sustentável baseado em abordagens híbridas, combinando ingredientes à base de plantas e fungos, uma estratégia que pode ser mais eficaz e rápida para atender as demandas do mercado.