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PLANT-BASED: PROTEÍNA VEGETAL GANHA ESPAÇO NO BRASIL

O mercado plant-based cresceu quase 70% nos últimos seis anos no Brasil, enquanto o consumo per capita de carne bovina caiu, acompanhando uma tendência global.

Produzidos 100% a partir de vegetais, esses alimentos são consumidos in natura ou processados e podem utilizar alta tecnologia para alcançar textura e sabor próximos de produtos de origem animal.

Os alimentos à base de plantas tiveram faturamento de US$ 82,8 milhões em 2020, o equivalente a R$ 457,52 milhões, segundo dados da empresa Euromonitor. O faturamento representa crescimento de quase 70% quando comparado a 2015.

Por outro lado, o consumo per capita de carne bovina caiu de quase 34 quilos (kg) em 2019, para cerca de 26 kg em 2021, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse é considerado o pior resultado da série histórica iniciada em 1996. Apesar da coincidência, a queda do consumo de proteína animal não é explicada pelo aumento da demanda por plant-based. A alta do preço da carne bovina é o principal fator para a redução da procura do produto, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Por que o plant-based conquistou os brasileiros? Pesquisa mostra que o consumo de alimentos à base de plantas vai além dos consumidores com dieta vegetariana ou vegana. Os alimentos plant-based foram consumidos, nos últimos seis meses, por 81% dos entrevistados de uma pesquisa realizada pela Cint, sob encomenda da organização não governamental Mercy for Animals (MFA). O levantamento ouviu 500 pessoas de todas as classes sociais e regiões do país em setembro de 2021.

A saúde é uma das três principais motivações para adotar os alimentos à base de planta para 97% dos entrevistados brasileiros. Para 78% das pessoas ouvidas, esse foi o motivo principal para iniciar uma dieta com produtos vegetais.

Entre os entrevistados, 84% relataram ter uma visão favorável aos plant-based. Mais da metade das pessoas indicaram que os produtos à base de plantas são vistos como substitutos da proteína animal. Outros 47% consideram os alimentos vegetais como adicionais na dieta.

Alimento preferido. Os alimentos plant-based podem ser encontrados em restaurantes, lanchonetes e supermercados nos formatos de bebidas, sorvetes, empanados, almôndegas e carne vegetal. No entanto, o consumidor brasileiro tem preferência por um produto específico. De acordo com a pesquisa da MFA, o hambúrguer à base de plantas conquistou o paladar dos brasileiros, inclusive das classes D e E. O produto é padronizado pela indústria e pode ser feito com leguminosas como grão-de-bico, lentilha, feijão e soja.

Oportunidades para o agronegócio. O mercado plant-based no Brasil deve continuar crescendo e pode alcançar faturamento de R$ 592 milhões, segundo avaliação do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE). A organização acredita que o crescimento do segmento pode impulsionar o consumo de feijão.

A tendência já foi percebida pelos grandes players do setor alimentício, inclusive companhias que têm a carne como principal produto. Marfrig, BRF e JBS, três das maiores empresas globais de proteína animal, lançaram linhas específicas com matéria-prima 100% vegetal. Apesar da expansão, os alimentos plant-based ainda precisam superar obstáculos, como preço, disponibilidade e sabor, segundo pesquisa da MFA. Os entrevistados apontaram que recomendações de amigos e amostras grátis podem ajudar a popularizar os produtos à base de plantas.

Fonte: Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Mercy for Animals (MFA), Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), Avicultura Industrial.








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