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BIOTECNOLOGIA ALIMENTAR: Arkeon declara insolvência e evidencia desafios na escalabilidade de ingredientes alternativos

A startup austríaca Arkeon, especializada na produção de AMINOÁCIDOS a partir de CO₂ por fermentação gasosa, entrou com pedido de insolvência. Fundada em Viena em 2021, a empresa se destacava pela abordagem biotecnológica de conversão de carbono industrial em ingredientes funcionais, com potencial de impacto tanto ambiental quanto alimentar. O encerramento das atividades ilustra os entraves enfrentados pelas foodtechs na atual conjuntura de retração de investimentos e pressão por escalabilidade.

A Arkeon utilizava arqueias, microrganismos ancestrais, para transformar emissões industriais de CO₂ em aminoácidos utilizáveis na formulação de alimentos. O modelo oferecia uma alternativa à produção tradicional, sem dependência de agricultura ou ingredientes de origem animal, com aplicabilidade na indústria de suplementos, bebidas funcionais e produtos plant-based.

Apesar de ter captado mais de US$ 13 milhões de investidores como Square One Foods, Synthesis Capital e ReGen Ventures, e de inaugurar uma planta piloto em 2023, a startup não conseguiu sustentar os altos custos de desenvolvimento e a complexidade de escala industrial. Em comunicado, o CEO Gregor Tegl agradeceu aos apoiadores e reiterou a crença nas biotecnologias como chave para um futuro alimentar mais limpo.

A situação da Arkeon não é isolada. Outras startups com propostas semelhantes, como Air Protein (EUA), Calysta (Reino Unido) e Solar Foods (Finlândia), conseguiram captar valores significativamente superiores — acima de US$ 100 milhões em alguns casos — mas grande parte desses investimentos ocorreu antes de 2023. Desde então, o mercado esfriou: em 2023, o setor de PROTEÍNAS ALTERNATIVAS registrou queda de 44% nos aportes, seguida por nova retração de 27% em 2024. Já as CLIMATE TECHS como um todo encolheram 38% em meio à migração do interesse de investidores para a inteligência artificial.

Outras empresas do ecossistema de ingredientes e produtos plant-based também enfrentam dificuldades: Akua, Sunfed Meats, Willicroft, SciFi Foods e Motif Foodworks encerraram atividades; Mycorena (fermentação) foi vendida após falência; Allplants e Wild Earth também saíram do mercado. A Meati, especializada em micélio, sinalizou venda por US$ 4 milhões após ter levantado mais de US$ 450 milhões.

Mesmo marcas consolidadas como Beyond Meat e Oatly enfrentam quedas de vendas e fechamentos de unidades. Na França, a Swap tenta se reestruturar com novo CEO e metas agressivas de captação de recursos até 2026.




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