A proteína vegetal vai além dos análogos de carne e laticínios. E as empresas estão explorando diversas aplicações para proteínas alternativas, com destaque para uma abordagem além da simples adição a produtos como hambúrgueres, salsichas e queijos à base de plantas.
Um exemplo é a Roquette, empresa francesa de ingredientes, que busca ampliar o uso de proteínas vegetais, indo além de análogos de carne e laticínios. No seu centro de inovação alimentar inaugurado em junho de 2023, na França, a empresa inova utilizando como principais ingredientes a proteína da ervilha e do trigo.
A sua proteína de ervilha, por exemplo, pode ser incorporada ao pão, oferecendo enriquecimento sem interação com o glúten. Além disso, é utilizada para adicionar textura a refeições, substituindo a carne em pratos como lasanha, proporcionando suculência e uma sensação agradável na boca.
Já a startup israelense ChickP desenvolveu um isolado de proteína de grão-de-bico versátil para produtos como análogos lácteos, cereais e barras energéticas. A familiaridade do grão-de-bico, seu sabor agradável e perfil completo de aminoácidos, o tornam uma opção atraente para diversos alimentos, não apenas para substitutos de carne e laticínios.
Outro exemplo é a MycoTechnology, que utiliza a fermentação de micélios de cogumelos shitake para produzir a proteína FermentIQ. A fermentação reduz significativamente o sabor da proteína, tornando-a versátil em diversas aplicações. Além disso, proporciona benefícios nutricionais, tornando a proteína mais biodisponível para o organismo e oferecendo um perfil completo de aminoácidos.
Essas abordagens destacam o potencial das proteínas vegetais para explorar texturas, sabores e aplicações inovadoras em uma ampla gama de produtos alimentícios.