Um novo estudo pretende desmistificar a ideia de que a proteína à base de plantas é uma fonte incompleta de aminoácidos essenciais, apontando que muitas proteínas veganas populares contêm todos os nove aminoácidos essenciais.

O estudo, realizado pela Garage Gym Reviews, aponta que fatores como o viés histórico em favor das proteínas de origem animal e a falta de clareza na apresentação da composição nutricional dessas fontes de proteína para o público contribuíram para a perpetuação do "mito" das proteínas vegetais incompletas, e ressalta que os consumidores podem satisfazer suas necessidades de proteína com uma dieta à base de plantas, incluindo uma variedade de fontes ricas em proteínas, como lentilhas, quinoa e feijão, para garantir uma ingestão adequada.

Os autores examinaram 17 alimentos e 12 tipos de proteína em pó à base de plantas. Os dados mostram que 14 dos 17 alimentos à base de plantas mais populares contêm todos os nove aminoácidos essenciais. Segundo o estudo, as lentilhas são uma excelente fonte de proteína para o crescimento muscular, contendo a maioria dos três aminoácidos essenciais associados à construção dos músculos: leucina, metionina e valina.

Os pesquisadores recomendam o consumo diário de lentilhas ou sementes de abóbora por seu alto teor de metionina, um aminoácido mais difícil de encontrar em fontes de proteína à base de plantas. Feijão e leguminosas também fornecem altos níveis de aminoácidos essenciais por porção, enquanto o seitan carece de lisina, metionina e triptofano, sendo considerado uma proteína incompleta.

Em relação às proteínas em pó, a de arroz integral é indicada como o melhor suplemento para construção muscular, pois contém os níveis mais altos de leucina, lisina e valina. Os pesquisadores também recomendam o uso de sacha inchi, ou proteína de semente de abóbora, para quem não consome regularmente feijão ou leguminosas, pois essas fontes contêm uma maior concentração de metionina.

Os únicos pós proteicos incompletos identificados são a semente de girassol e a proteína de feijão mungo em pó.

Estudos recentes mostram que a substituição parcial da proteína animal por versões à base de plantas pode aumentar a expectativa de vida e reduzir a pegada de carbono. Além disso, a maior ingestão de proteínas à base de plantas está associada ao envelhecimento mais saudável em mulheres, enquanto produtos à base de fava e ervilha fornecem aminoácidos e proteínas suficientes.