O mercado global de produtos lácteos alternativos foi avaliado em 23 bilhões de dólares em 2021, e a previsão é atingir 65,33 bilhões de dólares até 2030, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 12,3.
O interesse dos consumidores por alternativas lácteas está em ascensão globalmente. Para atender a essa crescente demanda, muitos fabricantes já estão incorporando produtos lácteos alternativos em seus portfólios, reconhecendo que há consumidores veganos ou intolerantes à lactose que buscam alternativas devido a restrições alimentares.
Vários fatores demográficos impulsionam esse crescimento, com a geração Y e consumidores mais jovens mostrando interesse crescente em alternativas à base de plantas, considerando-as mais saudáveis, sustentáveis e alinhadas com preocupações ambientais e de bem-estar animal. Os flexitarianos, consumidores que moderadamente incluem produtos de origem animal em sua dieta, representam outro motor de crescimento.
Embora as alternativas lácteas não seja uma categoria nova, passou de nicho para o mercado principal, à medida que as expectativas dos consumidores em relação a sabor, textura e valor nutricional aumentaram. Agora, os consumidores buscam alternativas que proporcionem experiências semelhantes às de produtos lácteos tradicionais, incluindo mouthfeel cremoso, sabores ricos e perfis nutricionais comparáveis.
A diversidade de opções de laticínios vegetais cresceu significativamente, com foco em sabores diferenciados, especialmente em sobremesas congeladas. Os produtos à base de aveia ganharam popularidade nos últimos anos, assim como a proteína de ervilha, que é preferida para fortificar produtos à base de plantas devido à sua alta solubilidade e baixa alergenicidade.
Além disso, a pectina, um ingrediente antigo, mas fundamental, melhora a textura e controla a sinérese em muitas alternativas lácteas à base de plantas. A tendência também se estende a produtos à base de linhaça e coco.
O queijo à base de plantas está começando a ganhar tração, com interesse da Geração Z, particularmente entre os jovens de 25 a 34 anos.
Além das alternativas de origem vegetal, a sustentabilidade tem papel essencial no mercado de produtos lácteos; os ingredientes geralmente possuem menor impacto ambiental em comparação com os de origem animal. Dietas veganas, por exemplo, são associadas a 75% menos emissões de gases de efeito estufa, uso de terra e poluição da água em comparação com dietas à base de carne, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford.
As matérias-primas vegetais também têm impacto ambiental reduzido em termos de uso de água, uso da terra e emissões de gases de efeito estufa. As amêndoas, por exemplo, armazenam grandes quantidades de carbono e podem ajudar os fabricantes a atender às metas de sustentabilidade de longo prazo.